Atualmente os termos “Controle do Orgasmo” e “Edging” tornaram-se quase sinônimos, mas a partir de uma perspectiva tântrica e taoísta há uma grande diferença entre os dois. Para esclarecer um pouco o assunto, vamos primeiro dizer assim: Edging é uma forma de Controle do Orgasmo, mas o Controle do Orgasmo vai muito além do Edging.
Hoje em dia, o Edging é uma técnica que está bastante na moda, e o seu objetivo é basicamente retardar o orgasmo, a fim de prolongar a masturbação e/ou a relação sexual. Assim sendo, a ideia é prolongar o prazer e a excitação sexual e desta forma conseguir atingir orgasmos mais intensos. O Edging inclusive pode ser usado para prevenir e tratar a ejaculação precoce, tornando-se nesse sentido também uma prática terapêutica.
A técnica de Edging geralmente é feita parando propositadamente os movimentos de penetração ou qualquer outro meio de estímulo do pênis por um curto período (em torno de 5 a 10 segundos) para evitar o clímax (orgasmo externo) e o consequente fim da atividade sexual. Ou seja, você precisa parar qualquer estímulo quando sentir o orgasmo se aproximando; após essa pausa pode continuar, depois novamente pausar e assim por diante, até você decidir quando quer de fato ter o orgasmo.
Agora, o Controle do Orgasmo, visto de uma perspectiva tântrica ou taoísta (ambas as filosofias mantêm o mesmo conceito sobre isso) é feito com o objetivo de elevar os níveis internos de energia sexual a fim de atingir níveis mais elevados de consciência, crescimento pessoal e saúde, incluindo finalmente a iluminação espiritual e felicidade plena.
A ideia central da prática de Controle do Orgasmo é que a energia sexual está concentrada principalmente nos fluidos sexuais, no caso dos homens, o sêmen. Assim, se um homem conseguir controlar a sua ejaculação, evitará perder energia sexual. Entretanto, acredita-se que os orgasmos femininos geralmente não resultam em perda de energia sexual.
Mas a prática não para por aí. É preciso controlar e redirecionar essa energia sexual (que é considerada a energia criativa primordial) através do corpo, dos Chakras inferiores aos Chakras superiores. Na verdade, trata-se de trabalhar com a Energia Kundalini.
Nos ensinamentos taoístas, é sobre mover a energia sexual através dos chamados Dantians, centros de energia no corpo que podem ser equiparados aos Chakras indianos. Os Dantians referem-se a pontos ou áreas de “elixir da vida” onde as essências energéticas Jing, Qi e Shen são armazenadas e posteriormente transformadas, resultando em capacidade regenerativa, saúde, longevidade, crescimento espiritual e iluminação.
Além do objetivo final de êxtase e iluminação espiritual (quando consideramos o Controle do Orgasmo como uma prática espiritual), o fato de circular a Energia Kundalini sexual pelo corpo pode também trazer efeitos curativos porque desbloqueia (ou “abre”) os centros e canais de energia e, com isso, libera tensões tanto no nível físico quanto emocional e, além disso, estimula o funcionamento ideal do corpo e da mente humana.
O Tantrismo e o Taoísmo ensinam certas técnicas, como Mudras, Bandhas, técnicas de meditação e respiração, posturas de Yoga, entre outras, que podem ser usadas para controlar os orgasmos ejaculatórios. De fato, certos músculos estão envolvidos no processo de ejaculação e, ao identificar esses músculos e conseguir controlá-los, é possível então controlar os orgasmos.
Além disso, é possível aprender e praticar o Controle do Orgasmo através de massagens específicas, como massagens tântricas e taoístas; da mesma forma, certas técnicas de massagem e alongamentos em geral também podem ser utilizados para facilitar a prática.
Receive occasional news about our new eBook and Video Workshop publications.